"Haveria coisa alguma difícil ao Senhor?"

Livros sempre foram fonte de inspiração em minha vida e nesta fase tão peculiar para uma mulher -  tornar-se mãe-, um deles está me ajudando a ter a visão que preciso para exercer com excelência meu papel. É o livro "Assim na terra como no céu" de Jeffrey R. Holland e Patricia T. Holland. Confesso que a maternidade era mais fácil na teoria. Na prática você descobre o que realmente é exigido, necessário para cuidar e amar aquele bebê tão lindo e fofo.
Sempre acreditei em meu papel como mãe como algo divino e ansiei pelo momento tão aguardado de segurar minha filha em meus braços pela primeira vez. No entanto, quando isso ocorreu, as, primeiras horas e os primeiros dias não foram como algo do tipo "amor à primeira vista"
As primeiras semanas são difíceis. Muitas coisas mudam drasticamente e a principal delas é a falta de descanso. Minha filha mamava a cada meia-hora, o que me dava um descanso de no máximo 10 minutos, quando eu conseguia. É exaustivo e você  então passa a administrar sua vontade e a vontade do bebê. E então descobri que amar um filho não era tão simples como muitos dizem. Mas, é quando você aprende o que é o amor de verdade. Por que você irá realmente se doar 100%. Num casamento você pode doar-se 100%, porém ainda consegue ,por exemplo , assistir sua série favorita e ir dormir quando o sono chega...já com um bebê, você não tem alternativas. Ou você aprende realmente a ser uma pessoa altruísta ou não terá sucesso.
Pode parecer estranho, mas é a verdade e acredito que tenha acontecido com muitas mães. Não que eu não amei minha bebê, mas percebi logo nas primeiras horas que não era como brincar de boneca ou ser babá. Eu seria responsável por uma vida, responsável pelo sucesso, fracasso, felicidade ou infelicidade de alguém.
Eu me senti culpada muitas vezes por não conseguir vencer meu egoísmo. Muitas noites eu estava ali amamentando aquela linda benção celestial e pensando: Quero dormir, dormir, dormir e dormir. É, você realmente passa a amar muito mais a sua mãe, a sua avó e todas as mulheres que valentemente, de forma abnegada se doaram dia a dia na educação de seus filhos.
Hoje, quase 2 anos depois do nascimento da minha pequena, tenho uma visão ampliada, real e encantadora da maternidade. Cada dificuldade e cada descoberta gera transformações importantes em nosso caráter, em nossa mente e em nosso coração.
A maternidade e a paternidade é uma aventura esplêndida, na qual seus medos e ansiedades são vencidos quando em parceria com Deus, você descobre o quão perfeito é tornar-se uma família. 
Voltando ao livro, a Patrícia T. Holland cita "Creio também que junto com a tarefa, recebemos o talento. [...] Os filhos também são Dele, e nunca devemos esquecer-nos disso, na alegria ou na tristeza. Contamos com um auxílio paterno a mais do outro lado do véu. Podemos dizer com os anjos:"Haveria coisa alguma difícil ao Senhor?" (Genesis 18:14)". Esta é a base de tudo. A maternidade não é tão simples, mas também não é tão complicada. É o meio pelo qual nos aperfeiçoamos e ajudamos nossos filhos a atingirem todo o seu potencial.

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